Families on the Road !

PATAGONIA CHILENA

- carnaval 2025 -

Quem nos conhece e nos acompanha, sabe que temos rodinhas nos pés ! 

Desde que compramos nosso trailer, tentamos sair com ele pelo menos 1 vez por ano.

Já trazíamos a vontade de criar alguma experiência com um pouco da nossa curadoria, e surgiu uma oportunidade em desenhar junto com o André da LIVSTA, um programa onde iríamos passar alguns dias on the road e terminar em nosso lodge MAPU.

Um pacote criado pela agenda do carnaval 2025, que acaba sendo uma facilidade por conta do feriado e da semana off que ajudau a viabilizar o grupo e a saída do Brasil.

Buscamos uma solução e viabilizamos toda logística para cada família ter o seu motorhome preparado e organizado para nossa partida. Estávamos ao total em 05 famílias, 10 adultos, 08 crianças. Foram alguns meses e diversos detalhes pensados, checados e preparados para toda logística dar certo. Viajar com criança não é facil, ainda mais em uma situação nova para todo mundo, em um grupo, e morando sobre rodas.

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A aventura começou quando o grupo se encontrou no aeroporto de Balmaceda. Um transfer buscou o grupo com suas malas até nosso ponto de encontro, que seria o check in dos motorhomes. Os 04 motorhomes estavam estacionados no aeródromo de Coyhaique, região central da Patagonia Chilena. Alguns detalhes estavam sendo preparados para a chegada do grupo, toalhas novas para cada família, e as compras gerais foram organizadas a distáncia com ajuda de equipe local. Todo preparo e organização foi fundamental para aproveitar ao máximo o nosso tempo em cada parada. Era uma viagem de não muitos dias na estrada, por isso, otimizar paradas foi um cuidado que tivemos. Cada família foi levada ao seu motorhome, explicações sobre cuidados especiais, uso geral, como estacionar e como descarregar foram ensinados. Como o grupo chegou no fina da tarde, nosso objetivo era pegar estrada o quanto antes, pois tínhamos um pequeno trajeto de 1 hora e meia para cumprir Alguns imprevistos, surgiram, e tivem os de abastecer alguns dos motorhomes que não foram entregues com tanque cheio.

Cada família ganhou um walkie talkie para termos comunicação durante a viagem. Chovia e era noite quando saímos de Coyhaique. No meio do trajeto, paramos para buscar empanadas que haviam sido encomendadas para o grupo.

O nosso trailer deixamos estacionado no local de encontro da primeira parada do grupo. Pelo tamanho preferimos deixá-lo nesse ponto estratégico para não ser mais uma variável que pudesse interferir nesse primeiro trecho de quase 90 kms. FIzemos boa viagem, e chegamos na praça de abedules de Manihuales. Todos cansados pela viagem de avião e estrada. Estacionamos em fileira e os que estavam ainda acordados, foram deitar. DIa seguinte turma acordou animada para sair e brincar ... porém a chuva não deu trégua. Tinha chovido bastante naquela noite, Criaçada colocou capa de chuva e foram ali se conhecer ao redor dos motorhomes, enquanto os adultos se preparavam para a próxima saída. Até acordar, tomar café, organizar as coisas e querer sair, com a criançada, coloca aí quase 4 horas. Essa primeira parada era um spot apenas para dormir em segurança e com um apoio caso necessário. Cerca das 11:00 da manhã saímos com o grupo completo. Carretera Austral nos proporcionando aquele encontro, que tanto havia sido planejado, e poder ver, pelo retrovisor do carro, os 4 morothomes brancos que vinham atrás, encheu o peito de orgulho. Muito legal poder estar ali, e trocando essa experiência com desconhecidos que estavam para se tornar novos amigos.

Cora sabia que íamos encontrar as baleias, e estava contente em poder correr livremente em nossas paradas e sentir seus cabelos soltos, cobrindo seu rosto.

A primeira parte desse trajeto contava com curvas e retas e rodeadas por paisagens deslumbrantes. Montanhas, pedras ao fundom, aquele céu acizentado com a garoa que caia, apresentou para aquele grupo a paisagem típica da patagonia chilena verde, com seus ricos bosques, rios e riachos que cruzavam nosso caminho.

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A criançada se divertia falando pelo rádio, enquanto escutávamos a playlist com um select de boas músicas que deram um melhor ritmo para nossa viagem. Objetivo da primeira parte do dia era subir a Cuesta de Queulat e estacionar no ponto mais alto onde faríamos nosso almoço. Paisagens de tirar o fôlego, aquela sensação de liberdade me trouxe a certeza de que todo o esforço tinha valido a pena. Essa serra é considerada um dos trechos mais altos da Carretera Austral, e cruzamos literalmente algumas montanhas por asfalto e ripio. De todos, o carro que mais sofria nas subidas era o nosso, por conta do peso da pickup mais o trailer. Um total de 7 toneladas e meia, não conseguia subir de uma só vez. TInha de parar o carro no meio da subida para resfriar o motor.

Chegamos no estacionamento que era a parada do almoço. FIcamos ali cerca de 1 hora mais ou menos, entre rajadas fortes de vento e a chuva que caía mais forte. Mesmo assim, a beleza daquele lugar nos contagiou mais uma vez. Alimentados e reernegizados após essa parada, estávamos prontos para a descida. Esse era o trecho que eu mais estava preocupado da viagem toda. Esse trecho da descida é estreito, com pedras e ainda a chuva para atrapalhar um pouco. Alguns pequenos truques e os rádios foram fundamentais para descer ainda com mais segurança. Pelo tamanho do meu conjunto pickup + trailer (quase 18 metros) eu era obrigado a fazer as curvas bem abertas, ou seja, dirigindo pela contra mão, por conta das curvas em formato cotovelo e pelos desníveis da pista. A dificuldade era encontrar carros ou caminhões no sentido oposto.

Por isso a estratégia foi em eu descer no final do grupo e os motorhomes na frente iam me sinalizando a movimentação da estrada. Um um momento, a coisa poderia ter dado muito ruim !

Por conta da nossa comunicação, eu estacionei o carro em um ponto da estrada e bloqueeii os carros que vinham atrás, porque eu sabia que estavam subindo 2 carretas cegonha seguidas. Se eu tivesse descido, encontraria com eles no meio da curva e com certeza teríamos muita dificuldade em manobrar. Rádios nos salvou.

Seguimos descendo aquela série de curvas zigue-zague até chegaa do outro lado da montanha, onde encontramos braços do pacífico pelos fiordes patagônicos.

Estávamos já mais perto do nosso destino que era o camping Las Toninas, localizado em um ponto estratégico da viagem em frente a uma praia particular.

130 kms aproximadamente era a distância que percorremos naquele dia.

A chegada foi boa, e tínhamos nossos spots reservados para cada motorhome. Nossa chegada foi coordenada com um “cordeiro no palo”, churrasco de cordeiro típico da patagonia.

A garoa caia, mas estávamos protegidos dentro daquele simples salão, o “quincho”, onde o cordeiro estava quase pronto para nos servir. Estava quase a 4 horas cozinhando lentamente na brasa de lenha local. As crianças estavam felizes, e todos ali naquele momento relaxados, tomando um vinho chileno. A brincadeira deles foi sair para a praia e procurar os carangueijos escondidos em baixo das pedras com lanterna. Estavam felizes descobrindo os pequenos seres.

Depois de uma refeição deliciosa preparada por Sachi e Andres, cada familia foi descansar em seu MH.

Nossa programação para aquele dia era depois de tomar o café da manhã caseiro preparado especialmente para nosso grupo, tomar uma van do Sr. Ignacio que nos levou até as Termas Puyuhuapi. Tinha reservado a entrada para esse lugar muito lindo, um pequeno parque privado de muito bom gosto com piscinas com diferentes temperatuas, que era aquecidas naturalmente pelas águas termais. Lugar super lindo e bem cuidado, pudemos relaxar e aproveitar aquela manhã onde o sol começava a dar sia graça ao meio de algumas nuvens que ainda compunham o grande céu. Piscinas com temperaturas de uns 28, 35 e 42 graus aprox.

As crianças animadas, saíam de uma piscina para outra, enquanto alguns adultos mais arrojados quiseram ter a experiência de entrar na água do mar que devia estar a cerca de 05 graus. 

A estrutura daquele jardim, com as pedras, piscinas e a construção de madeira com vidro, trazia uma lembrança de um jardim oriental.

Voltamos para o almoço no camping que foi preparado e servido pelo nosso amigo chef Sachi. Ficar ali no camping e curtindo o lugar. Criançada brincando, e adultos cuidando da logística familiar.

Havia um grupo de jovens aventureiros que estavam participando de um grupoi de sobrevivência extrema, e eles sairíam em alguns dias de caiaque para acampar em um ailha deserta ali por perto.

A noite mais brincadeiras com lanternas, jantarzinho gourmet e charlas de vinho no quincho ao lado da fogueira. Foi um dia super agradável, e pudemos curtir a parada sem ter de se preocupar com a estrada.

Apesar dos motorhomes serem equipamdos com tudo, algumas pessoas preferiram o acesso aos banheiros e chuveiros do camping.

No dia seguinte,  entre 05 e 06 da manhã começou um temporal ali na praia que até balançava o nosso trailer.  Nosso plano era fazer um passeio no Parque Nacional de Queluat, pare fazer trilha e ver de perto um dos glaciares mais famosos da Patagonia, o Ventisqueiro Colgante.

Com toda compreensão e aceitação, decidimos que não seria uma boa idéia fazer esse passeio, por conta da chuva. Resolvemos orgaizar as coisas, preparar nossa saída e esvaziar os tanques de água cinza e negra dos motorhomes. Tínhamos cerca de 150 kms para percorrer naquele dia.

Saímos de Puyuhuapi cerca de 11:00 da manhã e nossa primeira parada seria em La Junta para abastecer e comprar mantimentos para nossa chegada em Lago Yelcho.

A estrada tota de asfalto, com suas surpresas de casinhas de madeira antigas, com campos profundos e montanhas que ilustravam toda aquela cordilheira.

Antes de chegar no lago Yelcho, passamos ainda pela Cuesta Moraga, outro trecho importante com muitas curvas e baixadas para descer com bastante cautesa. Nesse trecho da estrada passamos por um enorme vale rodeado por glaciar e montanhas enormes que te fazem perceber como somos pequenos e frágeis. Anos atrás houve um deslizamento de terra que soterrou uma grande extensão da estrada e o vilarejo Santa Lucia.

Seguimos em direção ao nosso destino daquele dia, o camping do Lago Yelcho. Éramos os únicos que passariam a noite ali, lugar lindo e protegido por árvores centenárias de coigues, a frente daquele lago prístino e puro.

Foi legal demais chegar ali e ter a novidade daquele cantinho especial. Criançada brincando na praia, procurando amora, vendo os pássaros, naquele lugar com a natureza que fala mais forte.

Naquela noite, reservamos o quincho do lodge para a gente fazer um jantar-churrasco compartilhado entre todos. Lugar sensacional, com alto astral e sintonia entre todos ali !

Foi um timing muito bom dos trechos dirigidos e ter os pontos estratégicos organizados, evitando susrpresas e falta de organização. 

Passamos aquela noite por ali, e acordamos todos supoer tranquilos, cada um fazendo seu café da manhã e indo curtir aquele visual que nos cercava.

Era dia de preparar a bagagem e tocar mais trecho de esttrada. Era nosso último dia on the road, pois chegaríamos no MAPU na parte da tarde.

O trajeto de quase 90 kms,  porém era o mais lento, o trecho mais “isolado” de nossa viagem, era bonito e mais íntimo. Era dirigir como se estivesse dentro de um parque nacional. Circundamos o Lago Yelcho até chegar em Puerto Ranmirez. Dali seguimos para Futaleufu, com parada obrigatória na Ponte principal e poder ver pela primeira vez aquele rio tão especial e com tanta personalidade.

O almoço naquele dia foi cada um por sie estávamos todos ansiosos para nossa chegada no Mapu.

Chegamos com chuva, nossa equipe estava aguardando o transfer dos motorhomes para as cabanas. Os motorhomes foram devolvidos no final daquela tarde, e o passeio seguiria agora debtro da nossa estrutura. Cada fami´lia em sua tiny cabin, onde o minimalismo e o aconchego são pontos marcantes para a gente.

Para nossa chegada preparamos um welcome dinner em nosso quincho, foi demais. Depois de algumas noites fora, dormindo nos motorhomes, chegar no MAPU deu um ar de novidade. Chegar ali e poder acomodar todos nas cabins, naquele lugar especial.

Foi um combo entre aventura, natureza, conexões e descobertas. Para os adultos, para as crianças. Um programa que foi divertido realizar e tenho certeza de que todos levarão uma boa lembrança desses dias percorridos pela carretera austral.

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