
Quem nos conhece e nos acompanha, sabe que temos rodinhas nos pés !
Desde que compramos nosso trailer, tentamos sair com ele pelo menos 1 vez por ano.
Já trazíamos a vontade de criar alguma experiência com um pouco da nossa curadoria, e surgiu uma oportunidade em desenhar junto com o André da LIVSTA, um programa onde iríamos passar alguns dias on the road e terminar em nosso lodge MAPU.
Por isso a estratégia foi em eu descer no final do grupo e os motorhomes na frente iam me sinalizando a movimentação da estrada. Um um momento, a coisa poderia ter dado muito ruim !
Por conta da nossa comunicação, eu estacionei o carro em um ponto da estrada e bloqueeii os carros que vinham atrás, porque eu sabia que estavam subindo 2 carretas cegonha seguidas. Se eu tivesse descido, encontraria com eles no meio da curva e com certeza teríamos muita dificuldade em manobrar. Rádios nos salvou.
Seguimos descendo aquela série de curvas zigue-zague até chegaa do outro lado da montanha, onde encontramos braços do pacífico pelos fiordes patagônicos.
Estávamos já mais perto do nosso destino que era o camping Las Toninas, localizado em um ponto estratégico da viagem em frente a uma praia particular.
130 kms aproximadamente era a distância que percorremos naquele dia.
A chegada foi boa, e tínhamos nossos spots reservados para cada motorhome. Nossa chegada foi coordenada com um “cordeiro no palo”, churrasco de cordeiro típico da patagonia.
A garoa caia, mas estávamos protegidos dentro daquele simples salão, o “quincho”, onde o cordeiro estava quase pronto para nos servir. Estava quase a 4 horas cozinhando lentamente na brasa de lenha local. As crianças estavam felizes, e todos ali naquele momento relaxados, tomando um vinho chileno. A brincadeira deles foi sair para a praia e procurar os carangueijos escondidos em baixo das pedras com lanterna. Estavam felizes descobrindo os pequenos seres.
Depois de uma refeição deliciosa preparada por Sachi e Andres, cada familia foi descansar em seu MH.
Nossa programação para aquele dia era depois de tomar o café da manhã caseiro preparado especialmente para nosso grupo, tomar uma van do Sr. Ignacio que nos levou até as Termas Puyuhuapi. Tinha reservado a entrada para esse lugar muito lindo, um pequeno parque privado de muito bom gosto com piscinas com diferentes temperatuas, que era aquecidas naturalmente pelas águas termais. Lugar super lindo e bem cuidado, pudemos relaxar e aproveitar aquela manhã onde o sol começava a dar sia graça ao meio de algumas nuvens que ainda compunham o grande céu. Piscinas com temperaturas de uns 28, 35 e 42 graus aprox.
As crianças animadas, saíam de uma piscina para outra, enquanto alguns adultos mais arrojados quiseram ter a experiência de entrar na água do mar que devia estar a cerca de 05 graus.
Havia um grupo de jovens aventureiros que estavam participando de um grupoi de sobrevivência extrema, e eles sairíam em alguns dias de caiaque para acampar em um ailha deserta ali por perto.
A noite mais brincadeiras com lanternas, jantarzinho gourmet e charlas de vinho no quincho ao lado da fogueira. Foi um dia super agradável, e pudemos curtir a parada sem ter de se preocupar com a estrada.
Apesar dos motorhomes serem equipamdos com tudo, algumas pessoas preferiram o acesso aos banheiros e chuveiros do camping.
No dia seguinte, entre 05 e 06 da manhã começou um temporal ali na praia que até balançava o nosso trailer. Nosso plano era fazer um passeio no Parque Nacional de Queluat, pare fazer trilha e ver de perto um dos glaciares mais famosos da Patagonia, o Ventisqueiro Colgante.
Com toda compreensão e aceitação, decidimos que não seria uma boa idéia fazer esse passeio, por conta da chuva. Resolvemos orgaizar as coisas, preparar nossa saída e esvaziar os tanques de água cinza e negra dos motorhomes. Tínhamos cerca de 150 kms para percorrer naquele dia.
Saímos de Puyuhuapi cerca de 11:00 da manhã e nossa primeira parada seria em La Junta para abastecer e comprar mantimentos para nossa chegada em Lago Yelcho.
A estrada tota de asfalto, com suas surpresas de casinhas de madeira antigas, com campos profundos e montanhas que ilustravam toda aquela cordilheira.
Antes de chegar no lago Yelcho, passamos ainda pela Cuesta Moraga, outro trecho importante com muitas curvas e baixadas para descer com bastante cautesa. Nesse trecho da estrada passamos por um enorme vale rodeado por glaciar e montanhas enormes que te fazem perceber como somos pequenos e frágeis. Anos atrás houve um deslizamento de terra que soterrou uma grande extensão da estrada e o vilarejo Santa Lucia.
Seguimos em direção ao nosso destino daquele dia, o camping do Lago Yelcho. Éramos os únicos que passariam a noite ali, lugar lindo e protegido por árvores centenárias de coigues, a frente daquele lago prístino e puro.
Foi legal demais chegar ali e ter a novidade daquele cantinho especial. Criançada brincando na praia, procurando amora, vendo os pássaros, naquele lugar com a natureza que fala mais forte.
Naquela noite, reservamos o quincho do lodge para a gente fazer um jantar-churrasco compartilhado entre todos. Lugar sensacional, com alto astral e sintonia entre todos ali !
Foi um timing muito bom dos trechos dirigidos e ter os pontos estratégicos organizados, evitando susrpresas e falta de organização.
Passamos aquela noite por ali, e acordamos todos supoer tranquilos, cada um fazendo seu café da manhã e indo curtir aquele visual que nos cercava.
Era dia de preparar a bagagem e tocar mais trecho de esttrada. Era nosso último dia on the road, pois chegaríamos no MAPU na parte da tarde.
O trajeto de quase 90 kms, porém era o mais lento, o trecho mais “isolado” de nossa viagem, era bonito e mais íntimo. Era dirigir como se estivesse dentro de um parque nacional. Circundamos o Lago Yelcho até chegar em Puerto Ranmirez. Dali seguimos para Futaleufu, com parada obrigatória na Ponte principal e poder ver pela primeira vez aquele rio tão especial e com tanta personalidade.
O almoço naquele dia foi cada um por sie estávamos todos ansiosos para nossa chegada no Mapu.
Chegamos com chuva, nossa equipe estava aguardando o transfer dos motorhomes para as cabanas. Os motorhomes foram devolvidos no final daquela tarde, e o passeio seguiria agora debtro da nossa estrutura. Cada fami´lia em sua tiny cabin, onde o minimalismo e o aconchego são pontos marcantes para a gente.
Para nossa chegada preparamos um welcome dinner em nosso quincho, foi demais. Depois de algumas noites fora, dormindo nos motorhomes, chegar no MAPU deu um ar de novidade. Chegar ali e poder acomodar todos nas cabins, naquele lugar especial.
Foi um combo entre aventura, natureza, conexões e descobertas. Para os adultos, para as crianças. Um programa que foi divertido realizar e tenho certeza de que todos levarão uma boa lembrança desses dias percorridos pela carretera austral.